Dentro da área de tecnologia e comunicação, encontramos com frequência termos desconhecidos do público em geral, muitas vezes vindos do inglês. O uso de palavras de língua estrangeira costuma ser uma barreira para o entendimento de clientes e funcionários novos, que não tiveram contato com áreas como UX design e tecnologia em geral. Também é comum encontrar funções com nomes específicos para certas atividades de design, programação e marketing, que não são familiares para todos. Para auxiliar a equipe e os clientes, é possível criar um dicionário com as palavras mais utilizadas em um determinado lugar, com a explicação do termo utilizado de forma simples, chamado glossário.
O que é o glossário?
O glossário é uma lista de palavras com a explicação simplificada de termos menos conhecidos. Através dele, temos uma lista concisa das palavras utilizadas em um produto, serviço, empresa ou área de atuação específica. Com o glossário, também é possível definir a aplicação de termos mais específicos dentro de uma empresa ou produto. Um exemplo clássico é o termo “baixar”, que pode se referir a fazer o download de um arquivo ou registrar a entrada e saída de mercadorias de um almoxarifado, dependendo do contexto da empresa.
Um bom glossário deve ser bem documentado
Um bom glossário deve ser documentado de forma que facilite a busca das palavras pelas pessoas. Uma boa maneira de fazer essa documentação é seguindo o mesmo modelo de organização dos dicionários físicos: mantendo em ordem alfabética. A documentação do glossário pode ser feita como a do Design System, em um documento ou página de fácil acesso pelos colaboradores da empresa e usuários do produto.
Como criar o meu glossário?
O processo de criação do glossário deve ser colaborativo, pois o seu objetivo é ser um espaço para tirar dúvidas de todo o time. Na hora de sua confecção, os colaboradores devem ser consultados e incentivados a contribuir com sua construção. O mesmo vale para quando fazemos um glossário para os usuários de um produto: é importante consultar os clientes, elencar suas dúvidas e construir o material em conjunto.
Uma forma de começar a montar o glossário é traduzir e contextualizar palavras estrangeiras dentro da área de atuação da empresa. Em geral, essas palavras são mais difíceis por não serem no idioma nativo e possuírem um uso diferente do que a tradução literal sugere. Um exemplo é o termo “Chapter” (em tradução livre, “capítulo”), que dentro de UX pode ser usado para definir reuniões de discussão de design, ou um grupo de colaboradores que possuem a mesma competência e área de atuação.
Também é importante incentivar a equipe para colaborar com o glossário, trazendo as dúvidas mais pertinentes.
Vocabulário controlado
O vocabulário controlado é uma lista de termos usada para padronizar expressões utilizadas no dia-a-dia de uma empresa. Por exemplo: em São Paulo, é comum falar “bolacha”, porém em gôndolas de supermercado e embalagens encontramos o nome “biscoito”, pois o termo biscoito é uma padronização utilizada pela indústria. Essa padronização é definida através do vocabulário controlado.
Esse vocabulário é feito a partir de pesquisas sobre o produto em canais de comunicação. O vocabulário controlado ajuda a padronizar a interface do produto e tornar a experiência mais amigável e intuitiva para a pessoa usuária.
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